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Saiba o que é a língua geográfica

 

Condição altera o aspecto da língua pode causar sensibilidade, mas não representa riscos à saúde

Uma coloração avermelhada, manchas irregulares e bordas esbranquiçadas que mudam de lugar na língua ao longo do tempo: esses são os sinais mais comuns da chamada língua geográfica — nome dado a uma condição benigna que, embora pareça estranha, não é contagiosa nem oferece riscos à saúde.

De acordo com a dentista Ianara Pinho, a aparência diferente da língua costuma surpreender os pacientes, mas não há motivo para alarme. “A língua geográfica pode parecer algo grave à primeira vista, mas, na maioria dos casos, ela é totalmente inofensiva e nem sempre causa sintomas além da aparência”, explica.

Essa condição, também conhecida como glossite migratória benigna, acontece devido ao desaparecimento temporário de papilas gustativas em certas áreas da língua. Isso faz com que manchas de formato variável surjam e mudem de posição, o que lembra a imagem de um mapa — daí o nome “geográfica”.

Em alguns casos, os pacientes relatam ardência ou sensibilidade, especialmente ao ingerir alimentos ácidos, picantes ou muito quentes. “Quando a língua está mais exposta, alimentos mais agressivos podem provocar desconforto. Por isso, é importante observar o que causa essa reação e evitar excessos”, orienta Ianara.

Apesar de ainda não se saber ao certo o que causa a língua geográfica, há algumas pistas. A dentista destaca que fatores genéticos, deficiências nutricionais — especialmente de vitaminas do complexo B — e até mesmo o estresse podem contribuir para o surgimento do quadro. “A gente precisa lembrar que a saúde bucal está ligada à saúde geral. Quando o organismo está em desequilíbrio, a língua pode refletir isso”, afirma.

Ianara também chama atenção para a influência das emoções. “Estresse e ansiedade impactam diretamente o nosso corpo, inclusive a boca. Esses fatores podem agravar a língua geográfica e tornar os sintomas mais intensos”, comenta.

O diagnóstico geralmente é feito durante uma consulta de rotina com o dentista, por meio da observação clínica. “É uma condição que conseguimos identificar visualmente. O importante é que o paciente busque acompanhamento se notar qualquer alteração, para garantir que não se trata de outra condição”, completa Ianara.

Embora não exija tratamento específico, é fundamental manter uma boa higiene bucal, investir em alimentação equilibrada e controlar o estresse. Dessa forma, é possível conviver com a língua geográfica sem maiores complicações.

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