Adesimário Alves de Oliveira valoriza o projeto: "É um debate importante, porque muita gente ainda não sabe respeitar o espaço do outro" | Foto: Divulgação/Sejus |
Iniciativa da Sejus em parceria com a Sinduscon, o Conversa com Eles reuniu profissionais da área no canteiro de obras da Soltec, no Noroeste
Por Agência Brasília* | Edição: Chico Neto
O chão de terra batida do canteiro de obras da Soltec, no Noroeste, foi o destino, nesta quinta-feira (1º), da quarta edição do projeto Conversa com Eles. Fruto de parceria da Secretaria de Justiça e Cidadania do DF (Sejus) com o Sindicato da Indústria da Construção Civil do Distrito Federal (Sinduscon-DF), a iniciativa tem como objetivo dialogar com os trabalhadores civis para conscientizar sobre a necessidade de eliminação da violência doméstica, com ações de prevenção e combate à violência e orientação sobre a adequada solução de conflitos.
"A proposta é trabalhar em conjunto com os homens, para que possam somar com a gente e o ciclo de violência seja quebrado", pontua a secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani. "De maneira lúdica, os trabalhadores da construção civil são sensibilizados quanto à importância de todos lutarem contra a violência. Esse diálogo ajuda a romper com a violência a que muitos podem ter sido submetidos, em algum momento da vida, e a evitar que seja reproduzido por eles contra as mulheres."
O trabalhador da construção civil Adesimário Alves de Oliveira, que atua na obra da Soltec há um ano e quatro meses, elogia o evento: "É um debate importante, porque muita gente ainda não sabe respeitar o espaço do outro. É preciso abrir a mente, porque senão se resolve tudo na base da violência, mas o bom diálogo cabe em qualquer lugar".
Reflexão
Versos de uma canção sertaneja foram citados pelo palestrante Bruno Abreu para que a plateia compreendesse como uma letra pretensamente romântica pode deturpar a visão que se tem da mulher. Por meio de outros recursos lúdicos, como vídeos educativos, o pedagogo fez os trabalhadores civis refletirem sobre o fato de que a violência se manifesta de diversas formas e não apenas impacta as mulheres, mas a sociedade, uma vez que é estruturante da desigualdade de gênero.
"O enfrentamento às múltiplas formas de violência contra as mulheres é uma importante demanda no que diz respeito a condições mais dignas e justas para essa população e mudança da cultura", ressalta o presidente do Sinduscon-DF, Adalberto Valadão.
Direito Delas
Criado pela Sejus para atender mulheres em situação de violência e seus familiares, crianças e adolescentes de 7 a 14 anos vítimas de estupro e vítimas de crimes contra a pessoa idosa, o programa Direito Delas oferece atendimento social, psicológico e jurídico em nove núcleos: Ceilândia, Estrutural, Guará, Itapoã, Paranoá, Planaltina, Plano Piloto, Recanto das Emas e Samambaia.
*Com informações da Sejus
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