Foto: Gabriel Souza/BNDES |
Presidente do Banco ressaltou a importância da parceria entre BNDES e mercado para o desenvolvimento do Brasil
Por Banco Nacional do Desenvolvimento Social (BNDES) | Edição: Agência GovO presidente do Banco Nacional do Desenvolvimento Social (BNDES), Aloizio Mercadante, defendeu enfaticamente uma nova política industrial do Governo Federal durante a posse do ex-secretário-executivo do Ministério da Justiça Ricardo Cappelli como presidente da ABDI, realizada nesta quinta-feira (22/02), em Brasília (DF). Em seu discurso, Mercadante também ressaltou a importância da parceria entre BNDES e mercado para o desenvolvimento econômico do País.
"O mercado precisa do BNDES. Fomos nós que retomamos o mercado de capitais depois da crise das Americanas; nós que ajudamos a lançar títulos; nós que fazemos parceria. Não há metrô neste país sem o BNDES. Não haveria o setor de energia limpa – nós somos um país com a matriz mais limpa de energia –, sem o BNDES", argumentou.
Na mesa linha, Mercadante argumentou que não haverá reindustrialização sem o BNDES, a Finep, o Basa, o BNB, o Banco do Brasil e a Caixa. "Então, nós precisamos de mais relação estado-mercado, de mais parceria, de mais convergência. E o que eu mais estou feliz é o seguinte: a indústria voltou para a pauta, voltou para ficar de novo, e aqui nós estamos honrando nomes como Celso Furtado, Maria da Conceição Tavares, Inacio Rangel, aqueles que pensaram grande este país e que mostraram que sem indústria nós não temos futuro. Aqui nasce um projeto portador de futuro", afirmou.
Além disso, o presidente do BNDES destacou que o processo de neoindustrailização do País tem que ser feito sem que o governo renuncie às políticas de estabilidade econômica e responsabilidade fiscal. "Nós que queremos reindustrializar este país, uma neoindustrialização. Não temos que abdicar da ideia da estabilidade econômica, da responsabilidade fiscal, do equilíbrio das finanças públicas, desse esforço gigantesco que o ministro Haddad está fazendo e que é fundamental também para o Brasil. Nós não avançaremos sem isso. Nós temos que combinar essas duas dimensões", avaliou.
Mercadante defendeu que o Brasil tem, hoje, um ambiente macroeconômico muito mais saudável, com melhora no rating soberano, superavit comercial, inflação dentro da meta e queda de juros, que pode favorecer o ambiente para a reindustrialização. "Nós temos um ambiente com a inflação dentro da meta e os juros caindo, nós temos um ambiente extremamente construtivo para que a gente possa ter uma política industrial."
O presidente do BNDES disse, ainda, que o Brasil precisa se alinhar ao que está sendo feito de mais moderno no mundo sobre políticas industriais, com ações estratégicas de incentivo e defesa comercial da indústria. "Ou essa elite brasileira, a nossa academia, as lideranças industriais começam a olhar o mundo e estudar um pouco mais o que está acontecendo ou nós não temos como avançar na velocidade que este país precisa avançar", argumentou.
O presidente destacou também que é preciso parar de falar mal do País. "Precisa parar de falar mal do Brasil, acreditar no país e impulsionar o empresariado deste país para produzir", concluiu.