Parcelamento de impostos: cuidados e impactos financeiros a longo prazo - Foto: Andre Borges/Agência Brasília |
Especialista orienta contribuintes sobre as melhores estratégias para quitar impostos e despesas que costumam se acumular nos primeiros meses do ano
Por Brasil 61
Imposto de Renda, IPVA, IPTU e material escolar costumam pressionar o orçamento das famílias brasileiras nos primeiros meses do ano. Pagar todos os impostos exige não apenas planejamento das famílias, mas inteligência na hora de definir prioridades.
Segundo o educador financeiro Jônatas Bueno, é preciso estar atento às condições de pagamento que o governo – seja ele federal, estadual ou municipal – oferece antes de quitar os impostos.
"Tem que se pensar: 'em qual dessas obrigações eu consigo ter o maior desconto se eu pagar à vista?'. Por quê? Se a pessoa não consegue pagar todas as obrigações, ela vai escolher uma ou algumas delas, para deixar as outras de lado, que vão ser parceladas. Então, ela tem que entender que o melhor para ela pagar à vista é a obrigação que tem maior desconto", recomenda.
Há estados que oferecem descontos de até 28% no valor total do IPVA para os contribuintes que efetuam o pagamento à vista, por exemplo.
Se não houver possibilidade de pagar as despesas à vista, Bueno orienta o cidadão a buscar o parcelamento junto aos órgãos competentes, mas sempre no menor número de vezes possível. "O governo, geralmente, é implacável para cobrar as suas dívidas. Uma parcela que fica atrasada costuma negativar o nome, dar restrições no CPF e os juros são altíssimos. Não é interessante que você fique com essa dívida por longos períodos", diz.
Dividir essas despesas em várias parcelas pode ser a única alternativa para várias famílias não ficarem inadimplentes, mas, para quem tem opção, é importante evitar o alongamento dos débitos. "Vamos considerar que a pessoa parcele todas as obrigações do início do ano. Ela vai ter um peso muito grande ao longo dos primeiros meses."
Mapeamento de receitas
Para o educador financeiro, montar a chamada "reserva de emergência" ao longo do ano é a melhor estratégia para o brasileiro conseguir lidar com o volume de tributos e despesas que ocorrem no início de cada ano. "É interessante que exista uma reserva, por mais que se comece com R$ 50 por mês, porque, além dos gastos extras, como IPTU, IPVA, seguro do automóvel, podem acontecer imprevistos que podem necessitar de um gasto maior que o salário da pessoa consegue suportar", diz.
No entanto, segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI), apenas três em cada dez brasileiros conseguem poupar dinheiro no fim do mês. Se não há poupança, pode-se buscar renda extra ou fazer um mapeamento de recursos que podem entrar ao longo dos meses, como a restituição do IR ou antecipação do 13º salário, orienta o especialista.
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