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Brasil mantém 57a posição em competitividade digital com lentidão na implementação da agenda digital
Entre os 64 países analisados no Anuário de Competitividade Digital do IMD, que conta com a parceria técnica do Núcleo de Inovação e Empreendedorismo da Fundação Dom Cabral (FDC), o Brasil está em 57º, mesma posição que ocupou nos anos de 2018 e 2019, e teve queda em todos os fatores em relação ao ano passado.
Visão geral do Ranking de Competitividade Digital
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Fonte: adaptado de IMD World Digital Competitiveness Ranking 2023
Os Estados Unidos retornaram a liderança do Ranking, após terem perdido a posição no ano passado, seguidos de Holanda (2º), Singapura (3º), Dinamarca (4º) e Suíça (5º). As últimas posições foram ocupadas por Botswana (60º), Argentina (59º) Colômbia (62º), Mongólia (61º) e Venezuela (64º).
Na Europa, apenas a Bulgária (55º) ficou entre os piores colocados, enquanto República Checa, Bélgica, Polônia e Holanda tiveram melhoras significativas na agenda para o digital, elevando os países em 9, 8, 7 e 4 colocações, respectivamente.
No continente asiático, Singapura manteve a liderança, enquanto, a Índia (49º) perdeu 4 posições em relação ao ano passado, sobretudo, pelo menor desempenho nos quesitos de tecnologia e preparo para explorar tecnologias digitais. Entre os 10 melhores classificados estão inclusos Singapura (3º), Coréia do Sul (6º), Taiwan (9º) e Hong Kong (10º).
Ainda sobre o continente asiático, China (19º) teve destaques positivos em resultados do PISA em matemática, adoção de robôs, maturidade para cibersegurança e produtividade em publicações científicas, mas no resultado geral perdeu 2 posições. Ademais, entre os países de pior colocação estão inclusas as economias asiáticas Mongólia (63º) e Filipinas (59º).
De forma resumida, o Anuário aponta a consolidação da América do Norte, Europa e Ásia no topo do ranking de competitividade digital, enquanto, alguns países latino-americanos continuam em posições inferiores. Os resultados também mostram que os 10 melhores e 10 piores países colocados, com exceção dos Estados Unidos e Holanda, tiveram piora em seus resultados de indicadores para a transformação digital.
"Os achados sinalizam que o desenvolvimento e a adoção de tecnologias digitais vêm ampliando cada vez mais a distância entre os países no topo e na base do ranking. Por isso, o ranking de competitividade digital reforça a importância de um maior envolvimento da esfera pública e privada na agenda de construção de uma nação digital, pela complexidade e necessidade de atuação em cooperação para superação de desafios", explica Hugo Tadeu, diretor do Núcleo de Inovação e Empreendedorismo da FDC.
Brasil
O Brasil apresentou poucos destaques positivos, como o total de gastos públicos em educação (12º), representatividade feminina em pesquisas científicas (17º), produtividade em pesquisas de P&D (7º), robótica em educação e P&D (17º) e uso de serviços públicos online pela população (11º) são destaques positivos.
Por outro lado, a experiência internacional da força de trabalho (63º), habilidades tecnológicas (62º) e estratégias de gestão das cidades para apoiar o desenvolvimento de negócios (61º) estão entre os piores resultados brasileiros.
Na tabela abaixo, é possível observar o cenário brasileiro e identificar quais indicadores contribuíram para o desempenho do país.
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