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Vitrine Viva promove a exposição e divulgação das criações de artesãos do Distrito Federal

Para aqueles que já desejaram acompanhar o trabalho de um artesão em tempo real, conhecendo o processo e a história por trás de cada produto feito à mão, o Projeto Vitrine Viva traz a mágica e a singularidade da criação de cada peça de perto.

                                   

O artesão Helber Marinho da Costa foi um dos selecionados para expor seus produtos na Vitrine e logo conquistou um espaço para mostrar sua habilidade com a madeira. Ele dedica-se inteiramente ao artesanato há cinco anos.

Todas as sextas-feiras e sábados, das 14h às 18h, na Loja do Artesanato de Brasília no Alameda Shopping, em Taguatinga, e das 16h às 20h, na Loja do Pátio Brasil Shopping, um artesão ou manualista do Distrito Federal estará na vitrine, demonstrando seu processo criativo.

O Vitrine Viva é uma iniciativa do Projeto Artesanato nos Shoppings, promovido pela Unidade de Promoção do Artesanato e do Trabalho Manual (Unart), em parceria com a Secretaria de Turismo (Setur). Segundo Gizelma Fernandes de Assis, da coordenação da Unidade de Artesanato, o projeto se inspirou em outras vitrines existentes.

"Ao observar que os clientes frequentemente questionam como os produtos são feitos e qual é o processo de transformar um tronco de bananeira em papel ou uma massa em uma escultura de barro, percebemos que temos todo esse conhecimento com os artesãos. O que acho maravilhoso é reconhecer o ser humano por trás da arte, colocando-o no palco", declara Gizelma.

A artesã Maria Vilma de Miranda, com 74 anos de idade, trabalhou com costura e bordado durante 46 anos. Seu marido também é artesão, trabalhando com marcenaria. Eles compartilham a mesma mesa, abastecida com trabalho manual.

O projeto está em sua segunda edição, iniciada neste ano. Para participar, é necessário primeiro se inscrever no edital do Projeto Artesanato nos Shoppings, por meio do site da Setur, enviando fotos dos produtos. Uma curadoria é realizada e, após o chamamento público, os participantes podem expor suas peças por um período de três meses em uma das lojas do GDF.

"Geralmente abrimos espaço para cerca de 30 pessoas nas lojas. Então, ligamos e perguntamos se eles gostariam de participar da Vitrine Viva. Nosso principal objetivo é divulgar a arte dos artesãos, para que as pessoas entrem e comprem. Cada artesão tem a oportunidade de ir para a vitrine, mostrar como faz sua arte e contar sua história", explica Gizelma.

Uma ideia na cabeça e uma ferramenta nas mãos

Helber Marinho da Costa, artesão, foi um dos selecionados para expor seus produtos na vitrine e logo conquistou um espaço para mostrar sua arte feita em madeira. Ele dedica-se totalmente ao artesanato há cinco anos.

"É como o cupim, que aproveita toda a madeira, não importa se é nova, velha, descartada, natural ou industrializada. Pode ser reaproveitada, basta ter uma ideia na cabeça e uma ou duas ferramentas para criar o que você imaginar. Eu acredito que todos os seres humanos já trazem no DNA uma veia do artesanato, seja de família, por amor ou interesse. Alguns pintam, outros desenham, outros criam peças, trabalham com variados tipos de materiais. Acredito que cada um de nós tem, lá dentro, um artesão escondido", destaca.

De acordo com Helber, os produtos que ele mais vende são na área de decoração, como luminárias, aparadores e cristaleiras, além de peças pequenas, como carrinhos de chá, coadores de café e quadros, desde os mais simples até os mais elaborados, dependendo do gosto do cliente.

Ele afirma que a iniciativa do governo fortalece o trabalho dos artesãos. "Trocamos ideias, experiências e produtos também. É muito gratificante, sinto-me realizado em mostrar meu trabalho, expor meu produto, vender e ampliar minha clientela. Todas as peças têm sua importância, são exclusivas e únicas, o que valoriza muito o trabalho."

Júlio César da Silva, que trabalha na área de segurança militar, conheceu a Vitrine Viva enquanto o artesão trabalhava com a madeira. "Acho interessante essa oportunidade que as pessoas estão tendo. Às vezes, você tem boas ideias e não tem como mostrá-las para as pessoas. Estar em um shopping, onde há muitas pessoas, é uma ótima maneira de compartilhar isso", ressalta.

Artesanato como fonte de renda

De acordo com um levantamento feito pela secretaria, atualmente há 12.600 artesãos na capital e o segmento movimenta cerca de R$ 184 milhões por ano na economia local. Além disso, o governo mantém lojas de artesanato no Plano Piloto e em Taguatinga, bem como a Casa do Artesão em Planaltina, que está em reforma, a Casa do Turista em Brazlândia e o Espaço Cultural do Turismo e Artesanato na 507 Sul.

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