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Setembro Amarelo: saiba as diferenças entre depressão e ansiedade


Neste mês, celebra-se o Setembro Amarelo, campanha que joga luz nos transtornos depressivos que podem levar ao suicídio. A data foi criada em 2003 pela Associação Internacional para a Prevenção do Suicídio e pela Organização Mundial da Saúde. No Brasil, ela é uma iniciativa do Centro de Valorização da Vida, ligada à Associação Brasileira de Psiquiatria e do Conselho Federal de Medicina. Segundo a associação, todos os dias, 32 pessoas se suicidam, o que configura uma morte a cada 45 minutos.

A psiquiatra convidada pela farmacêutica Prati-Donaduzzi, Luana Zen, explica que a depressão é um transtorno do humor deprimido em que a pessoa apresenta, principalmente, dois sintomas: humor deprimido, que é o sentimento de tristeza, vazio e falta de esperança; e diminuição de interesse e prazer em realizar as atividades diárias, especialmente as que envolvem distração.

“É possível o paciente apresentar apenas um desses dois sintomas, junto com outros como alteração do sono e apetite, fadiga ou intensa perda de energia, sentimentos de inutilidade e culpa, diminuição da capacidade de pensar e se concentrar, ou até mesmo dificuldade para tomar decisões. E o mais sério de todos que são os pensamentos de morte ou até tentativas de suicídio”, exemplifica a médica.

Sobre a relação entre ansiedade e depressão, ela explica que muitas vezes a ansiedade pode ser agravada por um quadro de depressão, devido a tristeza que essa causa. “Não é raro ambos estarem juntos. Algumas vezes o paciente tem a depressão com características e sintomas de ansiedade”, ela afirma.

O que é ansiedade?

Muito tem se debatido sobre os efeitos psicológicos da ansiedade, principalmente entre os jovens, pois pode ser um gatilho para a depressão. A Organização Mundial da Saúde estima que 19 milhões de brasileiros sofrem com a doença, que só piorou durante a pandemia com o isolamento social, e a instabilidade gerada pelo momento.

A ansiedade é considerada uma expectativa apreensiva em relação ao futuro, tendo como os sintomas nucleares o medo e a preocupação excessiva. Há vários transtornos de ansiedade, cada um tendo suas características próprias. “Todos temos ansiedade, que é um sistema de defesa do nosso organismo, mas nos transtornos de ansiedade temos um excesso de sentimento e uma dificuldade no controle da mesma”, afirma a psiquiatra.

Os especialistas consideram que o transtorno de ansiedade generalizada é o mais comum entre os pacientes, que transforma qualquer novidade ou atividade do dia a dia em um motivo de preocupação, o que pode desencadear crises de choro, sensação de falta de ar ou sufocamento. Muitas pessoas chegam a ir ao hospital com crises de ansiedade por achar que está sofrendo algo mais grave, como um ataque cardíaco.

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A doutora Luana Zen explica que as principais características dos transtornos mentais é causar sofrimento e/ou prejuízo na rotina da pessoa, portanto, se a pessoa perceber que está causando problemas no dia a dia, como queda do rendimento no trabalho, ou estar incomodado com os sintomas é muito diferente daquilo que é o habitual para aquela pessoa, é preciso procurar ajuda de um profissional.

“Muitas vezes quem percebe esta diferença são as outras pessoas, e não ela mesma, necessitando que alguém o incentive a procurar ajuda”, afirma a médica. Por isso, o apoio de familiares e pessoas próximas, nesses momentos, é tão importante para a recuperação da pessoa que estiver enfrentando problemas de distúrbios depressivos.

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