Reconstruindo o
Brasil
Por Marcelo Caus Sicoli*
Hoje faço análises diversas na
condição de “brasiliense e brasileiro”.
Por minha formação acadêmica/profissional vejo temas pelo contexto macro em que estão
inseridos.
Minha infância foi marcada pelo herói
Rambo e seus filmes e desenhos. Máquina de guerra, muitas vezes solitário,
movido por coragem e ideais de patriotismo e amor ao seu país.
Escrevo para publicações
especializadas em condomínio/mercado imobiliário e ministro palestras; repito que não promovo/vendo nenhum produto/serviço
relacionado a este universo; não tenho nenhum vínculo político/partidário, o
que em tese me confere isenção para falar do tema. Há muitas associações (e empresas disfarçadas)
ligadas ao universo condominial com interesses diversos: políticos, comerciais
e também acadêmicos e sociais sinceros: ASSOSINDICOS, ABRASSP, ABRASINDICOS, CONASI,
SINDICONDOMINIO, ABADI, SECOVI etc. Num horizonte de curto prazo algumas
deixarão de existir, assim como prestadores de serviço e jornais/websites deste
segmento, que nascem e morrem com grande dinamismo. Seminários e palestras
acontecem mensalmente. Muitas são boas e
gratuitas, recomendo. Por vezes repetitivas, no entanto.
Porém, há tempos tento
identificar feitos práticos/tangíveis destas entidades, além dos treinamentos e
tenho dificuldades. Dica: tomem a frente, mobilizem a sociedade civil, os
engenheiros agregados , síndicos -lideres de microuniversos- e seus condomínios
e façam algo por nossa cidade. Vamos
levar um exemplo do centro da capital federal para o resto do país e fazer
iniciativas como a reconstrução do viaduto que caiu ? Obter autorização dos
órgãos públicos, arranjar doações da comunidade e de empresários, juntar
voluntários e tocar pequenas obras ? Mostrar que não precisamos de Governo para
avançar agendas importantes. Qual
entidade vai liderar a missão? Ajudar
a COOPERCOCO do Riacho Fundo que está há 10 anos tentando iniciar a tarefa de
reciclar mais de 2 milhões de cascas de coco produzidas no DF por mês e gerar
interessantes subprodutos que podem com maestria serem usados na construção
civil e condomínios. Iniciar uma escola de marcenaria para jovens em busca do
primeiro emprego. Lutar pela preservação do cerrado a beira do Eixo Monumental,
com o grupo dos amigos do Parque das Sucupiras, contra a expansão do Setor
Sudoeste. Causas concretas precisando de incentivo e apoio existem aos montes.
É carnaval. Isto é problema do
Governo. Não somos ONG. Amanhã tem jogo do Flamengo. Hoje tem big brother.
“Alguém” está cuidando disso. É dia de cerveja com os amigos. Continuemos
pensando assim e o Brasil, não fica na mesma, e sim afunda ainda mais.
Frase da Bíblia que de forma
recorrente vem a minha mente não está entre as top 10 ou mesmo top 30 na
preferência dos seus leitores : Seja
quente ou seja frio, não seja morno que eu te vomito.
Ganhei prêmios internacionais e nacionais em 2017, por aspectos de
sustentabilidade em uma obra. Divulguei a publicações brasileiras, para
disseminar o conceito e motivar outros
gestores prediais a fazerem o mesmo. Chamou atenção a total falta de resposta
ou frieza de alguns websites, redes de TV ou publicações locais. Falta de
profissionalismo, eficiência e/ou educação. Desprezo com a sustentabilidade do
planeta. Uma jornalista me ligou e na
primeira frase: “Quero você como nosso ANUNCIANTE”. Achei boçal. Contatos múltiplos que tive com entidades de todo mundo, geraram
maior índice de resposta e interesse. Isto é: O marido que agrediu a mulher em
Samambaia, o assassinato no Paranoá ou as crateras de Vicente Pires são mais
importantes ou dão mais “retorno”. Em condomínios geralmente só notícia ruim é
veiculada .
Onde estão os homens (e mulheres)
que assumem a responsabilidade, tem sede de desafios e entregam o resultado
final? Precisamos de notícias boas. Sementes do bem. Disseminar exemplos
positivos. Mostrar um país que funciona. Idealistas, sonhadores, realizadores,
visionários do Brasil avancem as tropas!
Um importante professor e
consultor educacional me relatou sua viagem recente a Boston (sede de Harvard e
MIT) e desabafou: “estão a mais de 30
anos a nossa frente. O Brasil está perdido”. Eu me esforço para mudar este destino, imbuído de
motivos fora de moda como patriotismo, solidariedade e senso de coletividade, e
você? Leitor(a), mande seu comentário quente ou frio sobre o tema.
*Síndico do Centro Clinico Sudoeste(Brasília-DF),
consultor internacional e corretor de imóveis. E-mail: sindicoccs@outlook.com